A educação inclusiva pode ser entendida como uma concepção de ensino contemporânea que tem como objetivo garantir o direito de todos à educação. Ela pressupõe a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas, contemplando, assim, as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos. Implica a transformação da cultura, das práticas e das políticas vigentes na escola e nos sistemas de ensino, de modo a garantir o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção. Descobre mais neste artigo e especialice-se com o nosso Mestrado em Pedagogia Montessori.
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A educação inclusiva
Historicamente, pensar em uma escola inclusiva não era possível. Apenas se inseria aos estudantes com menor capacidade no sistema regular de ensino. O acesso à educação regular era parcial, impondo ambientes separados ou atividades isoladas. E é justamente a revisão dessas experiências educacionais de segregação ou integração que caracterizam os ambientes educacionais realmente inclusivos.
Uma escola inclusiva assegura o direito de todos os estudantes frequentarem a sala de aula comum juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. Essa visão inclusiva entende que cada aluno tem umas particularidades e que elas devem ser consideradas como diversidade e não como um problema.
Os princípios da educação inclusiva
O princípio básico da educação inclusiva deriva do direito de acesso à educação. Mais podemos dizer que tem cinco grandes premissas principais. Elas são:
Toda pessoa tem o direito de acesso à educação
Em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e outras convenções compartilhadas pelos países membros das Nações Unidas, esse princípio reforça o direto de acesso à educação sem que exista qualquer tipo empecilho, seja ele físico, intelectual ou de nenhuma outra natureza.
Toda pessoa aprende
Sejam quais forem as particularidades do indivíduo, todos tem capacidade de aprender e ensinar. Não existem questões intelectuais, sensoriais e físicos que impeçam o aprendizado. Claro que será preciso reconhecer a diversidade. Por isso a importância de desenvolver estratégias pedagógicas que favoreçam o processo em sua pluralidade.
O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular
Não existe homogeneidade no processo de ensino-aprendizagem. Cada criança aprende de um jeito, independentemente de qualquer deficiência. O desenvolvimento de cada aluno é único e singular. Por isso a importância de elaborar um projeto de ensino que atenda a todos, sem exceção, respeitando os ritmos de cada criança.
O bom ambiente escolar comum beneficia a todos
Pluralidade, diversidade, respeito e empatia. É sobre isso que diz esse princípio da educação inclusiva. A experiência de interação entre pessoas diferentes oferece benefícios significativos de curto e longo prazos aos alunos com e sem deficiência. Ambientes educacionais inclusivos favorecem o desenvolvimento de competências intelectuais e socioemocionais dos estudantes.
O respeito a todos na educação inclusiva
Orientada pelo direito à igualdade, a educação inclusiva reconhece a diversidade como um valor que enriquece o processo de ensino e aprendizagem. Assim, além de considerar os alunos com necessidades educacionais especiais, é preciso que a inclusão abarque todos os agentes que circundam esse processo, tais como educadores, famílias, gestores escolares, comunidade etc.